Embu das Artes, oficialmente Município da Estância Turística de Embu das Artes, está localizado na Região Metropolitana de São Paulo, na Microrregião de Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo, Brasil. Sua população, conforme o IBGE/2022, é de 250.720 habitantes, distribuídos em uma área de 70,398 km², resultando em uma densidade demográfica de 3.561,5 hab./km². O município, que faz divisa com Cotia, Taboão da Serra, São Paulo e Itapecerica da Serra, foi emancipado de Itapecerica da Serra em 18 de fevereiro de 1959 e elevado à categoria de estância turística, título que garante recursos adicionais para o desenvolvimento do turismo regional.
A história de Embu das Artes remonta ao século XVII, com a fundação do aldeamento jesuíta de M’Boy, nome de origem tupi que pode significar “rio das cobras” (mboî’y) ou simplesmente “cobras” (mboîa). A presença dos jesuítas deixou marcas arquitetônicas significativas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída a partir de 1700 pelo Padre Belchior de Pontes e tombada pelo IPHAN em 1938. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o aldeamento entrou em declínio, mas a miscigenação entre indígenas e colonos portugueses deu origem à cultura caipira, ainda presente em tradições como a Festa de Santa Cruz.
A vocação artística de Embu consolidou-se na década de 1960, quando artistas como Cássio M’Boy, Tadakiyo Sakai e Solano Trindade se estabeleceram no município, atraídos por seu ambiente bucólico. Em 1969, foi criada a Feira de Artes, realizada aos fins de semana e que se tornou um dos principais atrativos turísticos da cidade. Em 2011, por meio de plebiscito, o nome do município foi alterado de Embu para “Embu das Artes”, reforçando sua identidade cultural.
A economia local é impulsionada pelo turismo, com destaque para o Centro Histórico, repleto de galerias de arte, lojas de artesanato e gastronomia diversificada. Além disso, o município abriga pontos turísticos como o Memorial Sakai, o Parque do Lago Francisco Rizzo e a Cidade das Abelhas. A infraestrutura conta com sistemas de abastecimento de água operados pela SABESP e uma malha rodoviária que inclui a BR-116 (Rodovia Régis Bittencourt) e o Rodoanel Mário Covas.
O município possui um IDH de 0,735 (PNUD/2010) e um PIB de R$ 14.314.753,76 mil (IBGE/2021), refletindo seu dinamismo econômico e cultural. Seus símbolos municipais, como o brasão com o lema “Genvinum Gens” (“Estirpe legítima”), celebram sua herança histórica e sua trajetória singular como polo artístico e turístico.
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