O distrito de Butantã está situado na zona oeste do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura homônima. Possui uma área de 12,9 km² e 12,5 quilômetros quadrados, sendo delimitado a leste pela margem do Rio Pinheiros. O distrito faz divisa com os distritos de Pinheiros, Alto de Pinheiros, Jaguaré, Morumbi, Vila Sônia, Rio Pequeno e Raposo Tavares. O nome “Butantã” é um termo da língua geral paulista que significa “terra duríssima” ou, possivelmente, “lugar de vento forte”.
Em relação aos dados demográficos, Butantã apresentou uma população de 51.715 habitantes no censo de 2022 e possuía 54.196 habitantes no censo de 2010, com uma densidade populacional de 37,24 hab/ha. A região é marcada pela heterogeneidade socioeconômica, com bairros predominantemente residenciais, como Vila Indiana e Jardim Bonfiglioli, mas também incluindo áreas de alto padrão, como o City Butantã, localizado junto ao rio. Sua renda média é de R$ 2.584,46, e o distrito exibe um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado muito elevado, de 0,928.
A infraestrutura e a economia do distrito são sustentadas por diversos corredores comerciais, notadamente nas avenidas Vital Brasil, Corifeu de Azevedo Marques, Eliseu de Almeida e Professor Francisco Morato. O Butantã é também atravessado pelos quilômetros iniciais da Rodovia Raposo Tavares. No que diz respeito ao transporte público, é atendido pela Linha 4–Amarela do Metrô de São Paulo, através da Estação Butantã e da Estação São Paulo–Morumbi. A Ponte Eusébio Matoso, inaugurada em 1940, é uma obra importante que facilita a ligação do distrito com Pinheiros.
O desenvolvimento do Butantã, que remonta a uma antiga sesmaria e rota de bandeirantes e jesuítas, intensificou-se a partir de 1900 com a implantação de duas instituições de grande relevância: a Cidade Universitária, sede da Universidade de São Paulo (USP), e o Instituto Butantan. O Instituto, inaugurado em 1901 e focado em pesquisa e produção de soros, e a Cidade Universitária, inaugurada em 1934, consolidaram o distrito como um polo de educação e pesquisa. Além disso, a região abriga o maior número de museus da cidade de São Paulo (13 no total), a maioria concentrada nas dependências da USP e do Instituto Butantan, e conta com construções históricas tombadas, como a Casa do Sertanista e a Casa do Bandeirante.
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